Hoje, 17 de Junho, é o “Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca”, proclamado pela Assembleia Geral da ONU em 1994 (resolução 49/115). Foi neste dia e ano que se aprovou a Convenção das Nações Unidas sobre a Luta contra a Desertificação. Os Estados foram convidados a dedicar o Dia Mundial a sensibilizar a opinião pública para a necessidade de promover a cooperação internacional no domínio do combate à desertificação e aos efeitos da seca.
A desertificação é actualmente considerada como um dos maiores e mais urgentes problemas com que se defrontam muitos países tropicais.
Trata-se de um fenómeno de enormes repercussões, na medida em que quase um terço das terras do Globo estão desertas e cada vez o deserto avança mais, sem que se consiga inverter o processo. “E se tivermos em conta que são necessários mil anos para recuperar dez centímetros de solo, percebe-se porque estão os desertos a avançar. Devagar. Mas inexoravelmente”.
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Segundo o Programa das Nações Unidas para o ambiente (PNUA), a desertificação ameaça mais de 110 países do mundo, atinge 24 mil milhões de hectares de terra arável e afecta um quinto da população da Terra. Na África, a destruição da vegetação faz com que os desertos arenosos avancem progressivamente, “digerindo” as terras aráveis próximas. Calcula-se que o limite sul do Sara tenha avançado, nos últimos anos, mais de 100 km.Com a redução do espaço agrícola e a diminuição do rendimento da terra, acentua-se a fome e produzem-se os chamados refugiados ambientais: milhões de pessoas já foram obrigadas a deixar os locais onde vivem na América Latina, África e Ásia.
A desertificação é uma das formas mais alarmantes de degradação do ambiente.
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